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8 de nov. de 2017

A morte não é o fim do mundo!

por Mateus G. Cesimbra





O nascimento é um evento social, comemorado e festejado na maioria dos casos. Nascer é o ponta pé inicial de uma vida baseada nos moldes culturais da nossa civilização. A partir daí o indivíduo vai crescendo e se encaixando na sociedade que o cerca: aniversários, estudo, casamento, emprego, família... tudo é vivido e encarado naturalmente, até que surge o grande tabu dos mortais, a morte.

Assim como nascer, estudar, trabalhar e formar uma família, morrer também é um item pontual no manual de instruções do ser humano, entretanto, sabe-se lá o porquê, a programação para este parâmetro parece ter sido desenvolvido com um erro crônico. Não sabemos lidar com a morte, nem a dos outros, nem a nossa.

Obviamente, é compreensível que a perda de alguém próximo mexa com as emoções. Saber que aquela pessoa que até então estava ali acessível não estará mais, pode parecer assustador. Por outro lado, a única certeza que a vida dá é a morte. Somos criados sobre a influência de diversos aspectos sociais que devem nortear a vida, porém, assim como tantos outros temas, a morte é negligenciada e posicionada como um grande tabu.

Esse tabu precisa ser rompido. Não estou dizendo que a tristeza e as saudades devem ser negadas, mas sim que o luto não pode ser o possuidor do resto das nossas vidas. Compreender que a morte de alguém é apenas uma etapa que todos nós enfrentaremos, e que apesar da ausência física, a presença na memória daqueles que fizeram parte da vida de quem se foi o manterá vivo de certa forma, facilita na cura da perda. Tudo é questão de assimilar, desconstruir paradigmas e encarar o ciclo da vida como um todo, independente de religião ou filosofia.

O outro lado da moeda trata da morte que bate em nossa porta. Uma coisa é o luto em relação a quem amamos e parti, outra coisa é compreender que nós também partiremos. Quem está preparado para morrer?

A maior parte das pessoas evitam esse pensamento, pois aprendemos que falar em morte é errado. Ora, não necessariamente quem toca neste assunto está pretendendo morrer logo, entretanto, compreende que é inevitável fugir dela. A gente se planeja para estudar, ter um bom emprego, tirar férias e assim por diante, mas evitamos planejar o encerramento do ciclo. Uma morte planejada, não no sentido de marcar hora e data de morrer, mas sim de colocar as coisas no seu devido lugar, facilita a vida de quem fica por aqui. Além do mais, muitas pessoas se vão e os seus desejos de partida não são lembrados, isso porque nunca foram expressos, como por exemplo, a doação de órgãos ou a divisão de bens.

Lembram da Dercy Gonçalves? Ela planejou a sua morte, mandou construir sua sepultura lá em Santa Maria Madalena-RJ, sua cidade natal, e ainda assim viveu centenariamente. O fato de você ter comprado o seu lote no cemitério não significa intenção de morar lá tão cedo, talvez por isso a Dercy tenha vivido tanto, pois tenho a impressão de que quanto mais este assunto é bem resolvido em nossa existência, mais ela se estende.

A morte não é ir na padaria comprar pão, mas também não é o fim do mundo. Enquanto alguns partem e a gente fica, necessariamente é preciso seguir o barco. Podemos aprender com o luto, não somente em relação as nossas emoções, mas também em relação a chegada da nossa hora, fazendo com que ela se torne menos dolorosa para os que aqui ficarem, pois isso também é uma prova de amor e cuidado. Desmistificar o assunto é um ato de sabedoria e sobriedade, não há porque fugir dele. Morrer será tão natural quanto viver!



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19 de set. de 2017

BORA AMAR!?



Estamos vivendo, sem sombra de dúvidas, o pior momento do século XXI até hoje. O mais assustador é que de acordo com a evolução dos anos, a humanidade regressa à épocas sombrias do passado. As pessoas estão ressuscitando cadáveres de estimação, que até então, eram muito bem escondidos dentro de caixões morais. Os caixões estão se abrindo e o mundo se tornando um "Game of Thrones" fora da ficção. 

- O que podemos esperar daqui para frente? 

Essa pergunta eu me faço acontecimento após acontecimento, mas está difícil de responder. Não sei o que esperar dessa humanidade que está à beira de um colapso de intolerância. Não sei o que esperar dessas pessoas que creditam a si mesmas a única e exclusiva verdade sobre qualquer fato novo ou velho. Não sei o que pode vir dessa gente que odeia de graça, que xinga de graça, que maltrata de graça, que apedreja qualquer outro diferente com seus julgamentos diabólicos. Viver tá foda!

Aliás, viver não é tarefa fácil depois que se adquire algum punhado de caráter. Qualquer um que tenha o mínimo de bom senso está de saco cheio disso tudo. Nossa sociedade adoeceu, e o pior, o único antídoto depende dessa mesma sociedade. O ódio só pode ser curado com amor. Se a gente se render ao que está aí, tudo se perde, o abismo se abre e a gente morre.

Talvez pareça utópico demais falar de amor em tempos de Donald Trump e Kim Jong Un. Quem sabe pareça besteira dizer que é preciso amar ao próximo enquanto querem estipular cura gay e quebram tudo em um terreiro de religião afro em nome uma fé idiotizada e distante do mandamento maior. Realmente, amar enquanto malas de dinheiro roubado dos que mais precisam circulam de partido em partido não é nada fácil. Viver tá foda. Amar é foda!

Afinal, temos uma saída. O caminho é estreito, desconfortável, contra o vento. Tem que ter disposição para caminhar e calejar os pés. Tem que ter estômago para engolir sapos e perdoar os chatos. É preciso de força para quebrar os muros cinzas e braços para abraçar. Teremos que trazer doses extras de paciência e compreensão. Nossas armas serão nossas atitudes. Conjugar o verbo no chão da vida, esse é o desafio: bora amar!?

É a única saída.


_Mateus


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26 de jun. de 2016

O nosso nada


Por Fabrício Carpinejar
Publicado no jornal Zero Hora
Coluna semanal
07.06.2016


Você que vive reclamando de que não há nunca nada na geladeira era só receber a visita de um chef que ele contestaria a falta de ingredientes e prepararia um prato daquilo que nem sonhava ter. Inventaria um banquete com o que desprezava e chamava de resto.

Você que vive reclamando de que não tem roupa suficiente era só receber a visita de um estilista que ele ensinaria a misturar peças antigas com novos acessórios e encontraria uma loja absolutamente pessoal entre seus cabides.

Você que vive reclamando de que não tem tempo era só receber a visita de uma amiga com quatro filhos, trabalho, casamento e cachorros que entraria em contradição.

Se o seu filho pequeno vive reclamando do tédio e da ausência de brinquedos é só ganhar a companhia de um coleguinha para redescobrir no quarto o deslumbramento de parque de diversão.

Você que vive reclamando das dívidas do cartão de crédito é só conversar um pouco com a faxineira e perceber que ela, com muito menos, adquiriu residência própria e mantém uma longa poupança.

Você que vive reclamando de que não tem paz e não tem sorte é que não olhou bem para dentro de si e vem desdenhando da simplicidade.

Você que lamenta que não encontra ninguém para amar é só ver um ex feliz que sofre ímpetos de reconciliação. É perder um amor para valorizá-lo, é perder um emprego para sentir saudade da rotina.

Existe o hábito de procurar enriquecer quando o ideal seria enobrecer o que já possuímos.

É um erro avaliar a vida pela ambição. A ambição não cessa, não cansa, não se acomoda. Jamais estaremos satisfeitos, jamais atingiremos os nossos objetivos. Estar melhor de condições não é ser melhor nem fazer o melhor. Quem comprou um carro usado vai querer um carro zero que vai querer um carro maior e mais potente que vai querer uma Ferrari. A lamúria será uma fonte perigosa de inveja. Cobiçaremos  o posto de quem está com o cargo acima do nosso. Ficaremos com ciúme de um amigo em lua-de-mel na Europa ou de um amigo solteiro enlouquecendo em festas.

Não mergulhamos em nossa casa com a curiosidade de um hóspede, não mexemos em nossos objetos com o espanto de colecionador, não observamos a decoração com a surpresa de um estranho.

As portas dos armários e as portas da despensa são cofres onde ocultamos (não guardamos) o que conseguimos, e esquecemos de conferir na ânsia de acumular novidades.

O nosso nada pode ser tudo para o outro. O nosso nada pode esconder a felicidade.


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26 de fev. de 2015

Qual caminho seguir?





Não lembro de ver tantas denominações religiosas sendo criadas nesse país como atualmente. A cada dia que passa vejo novas igrejas sendo abertas, pastores com programas de televisão, artistas gospel se destacando na mídia e políticos  evangélicos cada vez mais influentes. 

Para muitos crentes isso tudo é motivo de comemoração. Para mim tem sido de preocupação. Já fui extremamente crítico com muitos posicionamentos tomados por diversas lideranças religiosas. Ainda sou, porém percebi que enquanto bradava e comprava briga contra essas atitudes, o Evangelho puro e simples deixava de ser anunciado.  

O fato é que sempre houve distorções da verdade. Em muitos textos bíblicos vemos os apóstolos e até mesmo Jesus alertando acerca disso. Não é novidade alguma o que estamos vivendo hoje, onde grande parte das igrejas manipulam, distorcem e enriquecem seus líderes através da mentira. 

Porém, tais doutrinas só prosperam porque há quem as busque. Para muitas pessoas o Evangelho como ele é, sem barganhas, sem negociações, baseado no amor e na compaixão, é muito pouco. Quem ouvirá o Evangelho da Graça, enquanto na porta ao lado estão prometendo o fim dos problemas, a riqueza instantânea e a cura de todos os males?

A verdade é que poucas pessoas querem Jesus. A maioria quer aquilo que vê o “bispo ou apóstolo” prometendo na TV. 

Um Jesus que ensina a perdoar, a dar a outra face, a socorrer quem ninguém quer por perto, a não nos apegarmos as coisas desse mundo, esse ninguém quer. Querem o deus da TV, aquele que negocia, que dependendo do que estiver na sua carteira lhe abençoará. 

A cada dia estou mais consciente de que somente o anúncio das Boas Novas de Cristo, de forma simples e real, poderá combater essa loucura que promovem como se fosse algo dos céus. Creio que é dever de todos que foram alcançados pelo amor de Deus denunciar as barbáries, mas nunca sem antes falar do real sentido da Cruz. De fato, em meio aos que buscam as promessas fáceis, há gente boa sendo enganada, pessoas puras sendo lançadas ao matadouro. Não podemos deixá-las irem sem ao menos saber do Verdadeiro Evangelho. Após isso a escolha é de cada um.

Por fim, hoje eu acredito que sempre haverão dois caminhos: um largo e outro apertado.

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Mateus 7:13-15

Sugiro a você, amigo leitor, que medite em todo o capítulo 7 de Mateus, pois Cristo é contundente e claro, basta ter ouvidos para ouvir!


Que Deus possa abrir o nosso entendimento!

Mateus G. Cesimbra
26/02/15

25 de fev. de 2015

Aborto: de quem é a culpa?

Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.” Salmos 139:13-14.



Hoje em dia podemos afirmar que um dos maiores tabus da sociedade é o aborto. Acredito que seja assim devido a falta de diálogo sobre o tema, pois toda vez que alguém resolve debater o assunto, logo é taxado de bandido. Eu, particularmente, não sou a favor, e para ser sincero, duvido que os defensores da descriminalização o sejam. O que há é desinformação e preconceito.

Dessa forma, vamos refletir juntos: levando em consideração que o aborto é crime no Brasil, a não ser em casos muito específicos, a mulher que o comete é uma contraventora e pode cumprir pena. No entanto, essa lei é machista e desumana, afinal de contas nenhuma mulher acorda pela manhã pensando no quanto o dia está belo para abortar um bebê, assim como se fosse na padaria comprar pães. Partindo desse pressuposto, o que leva uma mulher a ter a extrema atitude de abortar?

Conforme o IAG, Instituto Alan Guttmacher, entidade americana que estuda o aborto no mundo inteiro, no Brasil em torno 1 milhão de mulheres realizam esse procedimento todos os anos, sendo elas de todas as classes sociais, raças e religiões. O que as diferencia é o ter ou não dinheiro para a cirurgia, pois existem no meio clandestino clínicas arrojadas e outras que mais parecem açougues, porém as motivações sempre se repetem.

E por falar em motivações, não há um estudo específico que diga estatisticamente o que encoraja a mulher a praticar o aborto, mas tratando-se de Brasil, que encara o tema com um olhar machista, criminalizando a prática ao em vez de tratar como um mal de saúde pública, fica claro a isenção que as leis dão ao papel do homem na gestação de um bebê. A grande prejudicada em todos os sentidos é a mulher, pois o aborto em si gera cicatrizes físicas e na alma, no entanto, o caminho percorrido até chegar a conclusão de que tirar o bebê é o melhor a ser feito é de muito sofrimento psicológico e até físico.

Duvido que uma mulher ao se sentir segura, acolhida, que perceba o quanto aquela criança será bem vinda, mesmo que não planejada, resolva tirá-la. Considero a gravidez um ato conjunto. Por mais que a mãe seja a guardiã do desenvolvimento dessa nova vida em seu ventre, o pai possui as mesmas responsabilidades do que ela, afinal de contas, nenhum bebê é feito por acaso, exceto é claro em casos de abusos, mas que neste momento não é o ponto do nosso raciocínio aqui. 

Em muitas espécies animais, enquanto a fêmea choca seus ovos ou se resguarda até dar a luz aos filhotes, o macho a protege de todas as formas possíveis. O homem de verdade deve cuidar da mulher e do seu filho que está se desenvolvendo até nascer dessa mesma forma. Aquele que foge dessa responsabilidade não se passa de um bundão, e se o aborto é crime, este deve ser punido.

Não sou pesquisador do assunto, sei que existem outras tantas razões que levam ao aborto, porém, o abandono da família, do homem e do governo, com certeza são os grandes estopins para esse radicalismo. Como se diz por ai: “fazer é fácil, quero ver criar.”

A mentalidade de muitos homens não será mudada da noite para o dia, todavia, as leis que tratam do assunto deveriam sim ser revistas, e não digo isso com o intuito de descriminalizar ou legalizar o aborto, mas sim para que o assunto ganhe as proporções que lhes são devidas. Quem aborta, de uma forma ou outra está doente, seja de alma ou físico. Este é um problema de saúde, e é assim que ele merece ser tratado.

Cabe a nós, crentes em Jesus Cristo, também nos compadecer das mulheres que passam por isso, afinal elas gritam por socorro e só recebem desprezo. Tenho certeza que Cristo as acolheria e lhes traria uma nova perspectiva, de esperança.  Que possamos no mínimo orar por essas mulheres, pedindo a Deus misericórdia por suas vidas e de seus bebês, pois a justiça que tarda na terra, em Deus é pontual.

Que Deus ilumine nossos caminhos e nos dê compaixão, essa é minha oração no que tange a esse assunto!


- Mateus



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22 de fev. de 2015

Não tenha medo do amor!





Muito se fala em amor. Ele inspira poetas e compositores. Ele é enredo de cartas apaixonadas entre casais. É tema de cinema, livros e novelas. No entanto, sei realmente o que é o amor?

Talvez eu tenha a visão romântica desse sentimento, aquela que me faz lembrar os coraçõezinhos e cupidos pelo ar, mas e o amor desinteressado? Pois a paixão só se torna amor quando há um retorno de quem se quer, porém o amor não se resume a isso, ou melhor, vai muito mais além.

OK! Sei amar fora da paixão e da conjugalidade, pois amo meus pais, familiares e amigos. Quero o bem deles. Todavia, qual é o grau de amor que nutro por aqueles que nem mesmo conheço?

Na correria da vida moderna passo com pressa pelos outros, e dessa forma, talvez, nem tenha percebido o que a fisionomia daquela pessoa que esbarrou em mim poderia dizer. Não tenho interesse em saber como vai a vida de toda aquela gente que anda de um lado para o outro, pois na selva de pedra é cada um por si:

 – Ora, mau dou conta das minhas emoções, quanto mais darei as de desconhecidos!

Pois é, cada pessoa é uma vida, uma alma, um coração que bate e está predisposto a sofrer ou se alegrar. Cada olhar é um código, uma lágrima ou apenas um gesto de gratidão ou felicidade. Mas afinal, isso não me interessa! O que o amor tem a ver com isso? TUDO!

O amor tem tudo a ver com aquilo que sinto ou deixo de sentir por todos. Se meu coração é endurecido, falta-me amor. Se não dou a mínima para aquela pessoa que assim como eu pode estar sofrendo por tantos motivos, é sinal de que desaprendi a amar ou nunca amei. 

Acredito que o amor só se torna verdadeiro quando é latente dentro de mim, gerando inquietação, compaixão e um desejo incontrolável de fazer algo para ajudar quem de alguma está pedindo socorro.

Amar a esposa ou o marido é muito fácil, é apenas uma troca.

 Amar um sujeito sujo, mau cheiroso, bêbado, drogado, isso sim é desafiador. Quando a minha alma grita em um tom mais alto do que meus preconceitos e temores, é porque meu coração é realmente “de manteiga”, é porque compreendi o “amar ao próximo como a mim mesmo.”

O amor completo é esse! Se meus conceitos ainda falarem mais alto do que meus sentimentos, é sinal de que meu interior ainda está imaturo e incompleto. Não existe meio amor, ou se ama, ou não se ama. Ou é quente, ou é frio!

E Jesus exemplifica esse amor na cruz, doando-se por todos nós, inclusive por aqueles que se declararam seus algoses. Amar é ir além, muito além dos meus desejos rasos e egoístas. Amar é fazer sempre do outro o principal. É ser feliz por gerar felicidade. Amar é um dom de Deus, e se o quiser, basta dar o primeiro passo, pedi-lo! Não tenha medo do amor, pois ele só te fará bem.

Amar é conhecer a intimidade de Deus, mesmo quando não se percebe isso.

Que o amor de Cristo te encharque e te complete para que a cada dia ame mais e mais... de verdade!



Um abraço carinhoso,
Mateus.
22/02/15

9 de jan. de 2015

PÃO & PÃO…


O homem não vive só de pão, embora sem pão seu corpo morra e sua alma perca o prazer.
O homem vive também de pão...
Pão, todavia, sem alma que o aprecie, é apenas remédio para o corpo...
O livro do Eclesiastes pergunta:
“Separado de Deus [...] quem pode comer, beber ou se alegrar?”
Ora, com isto se está afirmando que Deus é que dá prazer e sentido ao ato de sobreviver ou de viver; pois, sem Deus na vida, tudo é apenas “remédio” para a sobrevivência...
O homem de fato come sentido, bebe significados, beija representações o tempo todo...
Pão faz bem, mas quem não gosta de uma gordurinha na carne assada, mesmo que o colesterol suba?...
Quando a gente vê uma pessoa “lúcida” fazendo algo que lhe seja prejudicial à saúde, imediatamente a gente pergunta/afirmando: “Mas como? Essa pessoa sabe que isso faz mal!...”
A pessoa que “sabe” [...] e decide que mesmo sabendo da existência de algum elemento que lhe faça mal no que coma [...], comerá assim mesmo [...], assim faz em razão de um prazer do qual sua alma também se alimenta [...]; o que leva a pessoa a ingerir ou provar algo [...] mesmo que isto lhe tire estatisticamente alguns anos de vida; posto que assim proceda em razão de uma necessidade psicológica de alimentar-se não apenas de comida, mas de prazer e de compensações...
Quando Jesus afirmou que “nem só de pão vive o homem, mas [também,] de toda Palavra que sai da boca de Deus”, Ele nos dizia a mesma coisa, porém com uma diferença: Ele reconhecia a necessidade humana de transcender ao elemento imediato de necessidade/gratificação [o pão], mas afirmava que somente a transcendência que se harmonizasse com a Palavra que sai da boca de Deus é que realiza a necessidade de gratificação do homem sem lhe fazer mal.
Ora, eu vejo o quanto como da Palavra que sai da boca de Deus, não apenas por aquilo que nela eu “aprovo” como verdade/prática da minha vida; mas, além disso, vejo se creio mesmo na Palavra ou não também naquilo que eu sei que não sai da boca de Deus, embora para mim seja algo que saindo ou não da boca de Deus eu não consiga deixar fora da minha vida e consumo.
Os prazeres que fazem bem se diferenciam dos que fazem mal apenas por isto: os que fazem bem saem da boca de Deus e os que fazem mal apenas entram pela boca do homem por terem se instalado antes em seu próprio coração como necessidade/ilusiva...
Por isto se diz:
“Alegra-te na tua juventude [...] e anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos... Sabe, porém, que de tudo prestarás conta!”
Assim, há o estimulo para que eu não viva só de pão, ao mesmo tempo em que se diz que aquilo que não seja pão deve alimentar de modo sadio as demais dimensões do ser como se pão fosse...
Sim! Para Jesus tudo é muito simples!
Pense nisso!...

Nele,

Caio
13 de fevereiro de 2010
Lago Norte
Brasília
DF


18 de jun. de 2014

Ele proverá!





Imaginem só: 

Havia ali uma multidão de cinco mil homens, fora as mulheres e crianças, e aí chega um carinha absolutamente perturbado – graças a Deus – e diz: olha, tem aí um menino com cinco pães e dois peixinhos. Eu queria saber o nome desse cara! Quem era esse Raul Seixas, na assembleia?! Uma das minhas curiosidades na eternidade é conhecer esse cara, eu gosto de gente assim. Vou dizer a ele: Meu mano, valeu, que bom que você existiu! Que maravilha, esse sujeito! Tem que ter um maluco que olhe para cinco mil pessoas e diga: tá faltando comida, é? Tem um garoto aqui que tem cinco pães e dois peixinhos. E Jesus diz: Oba! Melhor do que cinco pães e dois peixinhos é um maluco que acredita nisso; trazei-me o menino. 

E a implicação disso é óbvia. Jesus está dizendo: Eu sou o pão vivo que desceu do céu; aquele que comer desse pão nunca mais terá fome, o que beber dessa água nunca mais terá sede; quem come desse pão experimenta essa realidade de provimento interior constante, essa multiplicação, essa saciedade eterna. 

E mais do que isso, ele também está dizendo: Creiam na minha provisão, creiam que qualquer pouco, para mim é mais do que suficiente; eu sou aquele que chamou do nada a existência – todas as coisas ex nihilo –, quanto mais a partir da própria matéria prima que eu mesmo criei? Eu posso fazer de cinco pães e dois peixinhos trilhões de outros cosmos, quanto mais comida para vocês! Creiam na minha graça, creiam na minha provisão interior e exterior, creiam na minha providência. Organizem a vida e creiam na minha providência. Ofereçam a mim o que vocês tenham e creiam na graça da minha intervenção. E não haverá jamais fome interior, não haverá jamais escassez exterior; tão somente tragam o que vocês possuam, e ofereçam a mim, com gratidão, o que quer que vocês já tenham nas mãos, e creiam que o provimento interior é incessante, que a provisão exterior jamais faltará. 

Caio Fabio

Trecho do livreto
O Poder da Palavra para a Vida

Disponivel para download no

29 de mai. de 2014

Viver é a Graça!




Poderia meramente existir... Ser mais um no mundo, sentado com a boca escancarada, cheia de dentes, no trono de um apartamento esperando a morte chegar, como diria o mestre Raul Seixas.

Poderia! Mas não foi isso que Deus planejou para minha vida, ou melhor, esse não é o plano Dele para ninguém. A vida é o presente maior que Deus poderia nos dar. 

Pense bem, Ele foi o responsável por criar toda a beleza que há no mundo: os mares, as florestas, as cachoeiras, os pássaros, a terra, as fontes de águas cristalinas... Enfim, toda a beleza e imensidão de Deus estão presentes na criação, e vejam só, Ele nos privilegiou quando nos escolheu para fazer parte e desfrutar disso tudo.

Ok, talvez você diga que esse papo é coisa de ambientalista. Não é! Além das coisas que disse, Ele também nos deu os bons sentimentos. Não é bom amar alguém? Não é bom sentir-se amado? Vou além, Ele nos deu dons, talentos, criatividade...

Claro, há quem não saiba usar isso, mas garanto que a culpa não é de Deus. Ele nos dotou de inteligência, raciocínio, sentimentos, e por mais incrível que possa parecer também nos deu o direito de escolha em relação a tudo. Somos herdeiros da liberdade!

O mundo não vai bem? Talvez o mundo dos outros não vá. Você, com toda a capacidade que Deus lhe deu, pode muito bem ter o seu mundo paralelo. Fazer da sua vida um mundo a parte. A vida é individual, cada um tem e faz da sua o que quiser, porém nada lhe impede de fazer da existência um pedacinho do paraíso para si e para os outros. Deus já lhe deu o material e a capacidade, basta vontade. 

Não é preciso grana, riqueza e todas essas coisas que vêm de nós e não Dele. Precisamos apenas de sensibilidade para os olhos da alma.

Que essa seja a nossa oração! Sensibilidade para viver e dar sentido a vida de quem não consegue enxergar motivos para a existência.

A Graça de Deus está na vida!


É assim que eu creio,
Mateus.



28 de mai. de 2014

Você confia Nele?




Confiar em Deus não é o simples ato de acreditar que Ele pode realizar um desejo seu. As pessoas estão perdendo aquilo que chamam de fé por justamente não confiarem Nele. Quando tudo está bem, obrigado. Quando tudo está mau, por que, Senhor?

Confiança requer muito mais do que desejo. Desejar algo é momentâneo, e até mesmo parcial: Desejei, alcancei, usei, enjoei... 

A vida que se baseia em meros desejos é rasa. É como um relacionamento, pois ele não dará certo se não houver confiança de fato entre o casal. Pode existir desejo, mas quando ele não bastar, o que haverá?

Confiar é uma ligação além do material. Não se compra confiança, se conquista. 

Agora, pergunto: Deus já fez por merecer a sua confiança?

Faço essa questão porque vejo muitas pessoas ainda procurando um motivo para confiar em Deus, ou seja, não conseguiram ainda assimilar a cruz nas suas existências. 

Ele veio ao mundo para sentir a nossa dor em sua carne. Ele veio ao mundo para carregar em seus ombros o peso dos nossos pecados. Ele veio ao mundo para receber em seu corpo as chibatadas que deveriam ser nossas. Ele veio ao mundo para ensinar o caminho do amor, do perdão e da misericórdia.

Assimilar isso no caminho da vida é saber se o que você sente em relação a Deus é confiança ou apenas uma mera crença religiosa.

A confiança não se abala nos devaneios da vida. Ela não sucumbirá na dor e muito menos na morte, pois aquele que confia Nele vê a morte como vida. Confiar é estar debaixo do mau tempo, e mesmo assim, olhar para o alto e saber que tudo é Dele e para Ele. É saber que o momento não é nada diante da eternidade.

Confiança é eterna (João 14:1-4).


Assim creio,
Mateus.

19 de out. de 2013

Não deixe o medo lhe sucumbir

por Mateus Goethel 



O medo é um dos sinais de que algo na vida da gente não vai bem. Não me refiro aqui aos nossos temores de altura, roda gigante e essas coisas, mas falo do medo que vem de dentro da alma humana. Falo do medo que impede a felicidade e a vontade de seguir no caminho. Falo do medo de viver.

Jesus nos presenteou com a vida em abundância, levando sobre Ele todos os nossos pecados, inclusive, aqueles pecados que ainda iremos cometer. O perdão Dele é promessa, é garantido, desde que reconheçamos as nossas falhas. Quando deixamos de viver por medo de errar, estamos também cometendo um pecado. Deus nos dá a direção, porém na nossa humanidade falha, erramos. Ele também nos faz ver o erro, e diante disso nos dá a oportunidade de levantar, sacudir a poeira e seguir.

O medo de viver pode ser causado por muitos motivos: medo de pecar, se desiludir, se machucar... enfim, medo de abrir na alma uma ferida, medo da dor. É claro que não estamos imunes a nada disso, afinal, vivemos no meio de gente como a gente, gente que peca e que pode muito bem cometer um erro comigo ou com você.

Jesus foi o maior alvo de injustiças se formos analisar o Evangelho, e nós se queremos mesmo segui-lo, porque não seríamos?

O mundo não é justo, mas Deus é. A sua justiça e misericórdia nos dá o direito de seguir o caminho da vida de forma leve. Os fardos não são mais nossos, foram todos para cruz com Cristo. Podemos errar, outros errarão conosco, mas Deus estará sempre nos conduzindo. Não há medo que possa ser maior do que o amor. Deus é amor, e se nós amarmos de fato a Ele e tudo aquilo com que somos abençoados, além de amar o nosso próximo, nenhum medo pode nos sucumbir.

Ame, esse é o remédio contra qualquer medo!

"No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor." 1 João 4:18.





22 de jul. de 2013

Qual é o preço do sucesso?









 POR MATEUS GOETHEL CESIMBRA

Você pode viver sua vida numa boa, pensando em conquistar seus sonhos, seguindo em frente sem olhar para os lados. É uma opção, ninguém pode lhe impedir de simplesmente não querer ver o mundo que está ao seu redor.  Porém, a física explica que tudo o que colocamos em ação gera uma reação. Você pode chegar onde sempre quis, e dependendo de como você chegou, a reação das suas ações poderão ser benignas ou completamente malignas.


Note que isso é ciência, não estou “espiritualizando”.  Também não estou dizendo que lutar por aquilo que se sonha é errado. Eu luto por meus sonhos, e isso faz parte do verbo viver. Quero dizer que não podemos simplesmente fechar os nossos olhos para o que há fora do nosso querer. Conquistas fazem parte do caminho, mas a que preço? 


Percebo que as pessoas estão desesperadas por conquistar algo, seja financeiro, sentimental ou material. Esse desespero faz com que o caráter seja sufocado, transformando a vida em uma verdadeira competição, onde para provar que se é bom, deve-se obter o sucesso a qualquer custo. 


Isso tudo está desviando o foco literal do que é o sucesso. Onde fica a paz consigo e com os outros? E o tempo que passa tão rápido, está sendo aproveitado ao lado de quem se ama? A vida está sendo prazerosa nos seus mínimos detalhes ou tornou-se um mar turbulento? Se as respostas a essas questões forem negativas, o seu sucesso é apenas ilusão. Sucesso não é dinheiro, fama, reconhecimento. Sucesso é ser feliz com aquilo que se tem. 


Alcançar ou não um sonho não é o que define o seu sucesso. De nada adianta você querer tudo a qualquer custo e perder o amor da sua família, o respeito dos seus amigos, noites de sono e principalmente a paz interior. O maior exemplo de sucesso está em Jesus Cristo. Ele nasceu para trazer o amor ao mundo através da sua vida. Doou-se por completo para que as pessoas passassem a valorizar o simples fato de viverem. A cruz de Cristo é o sucesso daqueles que Nele creem, caso contrário, esse ato de compaixão que nos foi dado torna-se nulo.


Quando agimos de acordo com o principal ensinamento de Cristo para nós, que é o amor, encontramos o caminho para o sucesso. O amor é o que nos torna felizes e abundantes em vida. Nada se faz por completo sem esse tempero. Sem amor é tudo pela metade, e mais cedo ou mais tarde apresenta defeito. Portanto, lute por aquilo que você quer, mas não esqueça que há um mundo ao seu redor, esperando apenas que você o veja e não se conforme com ele. Ame, alcance o sucesso e faça da sua vida uma oração de gratidão a Cristo pela sua cruz que nos faz dignos da sua graça.


No amor, tudo se torna mais simples, inclusive viver!


12 de jan. de 2013

AOS RELIGIOSAMENTE ATEUS



PASSANDO E VENDO AS VOSSAS POSTAGENS...

Venho acompanhando a ação dos irmãos que foram explorados na “religião” e que hoje se tornaram “religiosamente ateus”.

Sim, passando e vendo os posts que fazem acerca de “Deus” constato que o ateísmos de vocês é extremanente religioso, posto que os cards, fotos e tirinhas que vocês postam, além dos vídeos que fazem, revelam-me o quão profundamente religiosos vocês ainda são; visto que sistematizam a Bíblia exatamente do mesmo modo que os “doutores” da “igreja” o fazem; só que vocês, agora, usando os mesmos artifícios das “sistematizações”, chegam à conclusões igualmente tolas e falaciosas, conforme eu e muitos antes de mim sempre disseram; a saber: que sistematizadamente a Bíblia pode ser a mãe de todas as loucuras e construções.

A desonestidade intelectual praticada contra vocês é a mesma com a qual vocês criam esse material de ateigelização que agora produzem, e com o mesmo fervor religioso de antes, sendo que agora contra aquilo que antes defendiam.

No centro de tudo está o ataque à Bíblia. E por quê? Ora, porque a “Bíblia Sagrada” foi empurrada goela à baixo em vocês como uma especie de materialização da verdade, e, por que não dizer: uma especie págnificação da divindidade.

Vocês, meus manos, foram treinados nas tradições mais históricas da “igreja”, e aprenderam a montar as basicalidades “doutrinárias” que um dia construiram com o proposito de “evangelizar” outros. Outros de vocês, mas não a maioria dos criadores de posteres anti-biblia e anti-deus na internet, e que tiverem raízes mais pentecostais ou neo-pentecostais e até católica, aprenderam também o mesmo tipo de argumento e processo de construçãos das “doutrinas sistematicas”, mantendo — em qualquer das origens históricas dos traumas — o mesmo fervor, ardor e beligerancia dos “defensores da verdade”, conforme um dia o foram, quando militavam “pró-igreja”.

Assim, passando e vendo os “objetos do vosso culto” [posteres, tirinhas e fotos] “em tudo ainda vos vejo demasiadamente religiosos”, posto que apesar de tudo, ainda deixaram um espaço aberto “ao Deus Desconhecido”, quando incluem em vossa comunhão os irmãos agnósticos, ou seja: os que dizem: “Aquilo ali não é Deus... Mas porque sei que aquilo não é Deus, não significa que Deus não seja Deus”.

Quando leio os argumentos acho-os engraçados; tão engraçados que frequentemente os uso a fim de ilustrar o que digo sobre o “Deus” que não é Deus.

Além disso, como o raciocício e o conhecimento por trás de tais produções, são de natureza velha, cansada, desgastada, discutida e resolvida há tanto tempo..., dá apenas a impressão de que pegaram a basicalidade dos argumentos apologéticos dos evangélicos, e os reescreveram ao contrário.

Ateísmo que se fundamenta na não-inerrabilidade da Bíblia ainda é expressão de religiosidade ressentida. Ou quando se mostra as incoerencias entre o V.T. e o N., não se está fazendo declarações atéias, mas apenas expressando a raiva de quem um dia defendeu um pacotão e hoje vê que ele era indefensável no seu todo; posto que de fato Jesus não combine mesmo com muito do que o V.T. ordenou “em nome de Deus”.

Sim, é verdade. Mas e daí? Não é isto que se diz que Jesus veio acabar? Não é isso relativo ao fato que antes de Jesus dizer “Eu e o Pai somos Um” o que se enxergava era como o vulto de algo num bronze opaco? E não é isto concernente ao fato de que a revelação nunca antes foi totalmente isenta da presença mesquinha e limitada de cada tempo e geração? E, portanto, tal disparidade em tantas coisas não mostrar apenas o quão impossível é para o homem de fato saber como Deus é? Sim, não mostram tais contradições o quão alienígena o Evangelho de Jesus é em relação a tudo e todos?

Ou quando vêm com a cansada e desgastada história de Jesus ser uma amálgama dos mitos egípcios, sumérios, romanos, hindianos e bárbaros — ignorando que tais temas também se tornaram obsoletos, especialmente quando se passa a ver Jesus como Chave Hermenêutica para a compreensão da Bíblia, da História, dos Mitos, das Lendas e da Existencia como um todo?

Sim, quando se olha tudo apenas através de Jesus [...] não existe nada disso. O que foi um dia [...] já não o é depois de Jesus.

A crise que vocês manifestam, meus irmãos, também expressa o fato que a experiência de vocês foi de natureza doutrinal [mais acentuada nos de origem eclesiástica histórica] e ou também de natureza fortemente emocional e psicológica, com forte componente de esperança messiânica relacionada à religião [mais fortemente nos de origem pentecostal ou crenças derivada].

Na realidade somente o Ocidente do planeta, o lado judaico-cristão do mundo, expressa esta forma de ateísmo, mostrando que ao invés de ser uma discussão filosoficamente real, é apenas um dado de natureza psico-social.

Os ateus do Ocidente [digo: os filosoficamente sofisticados, já há muito falecidos...] também apenas expressaram o trauma deles com a religião indefensável. Mas por quê? Ora, sendo muitos filhos de pastores ou nascidos no Protestantismo ou Catolicismo fanatizados, não suportando aquilo, e associando “Deus” à religião, caíram na mesma esparrela de construir um ateísmo religioso. Fanáticos eram e não sabiam!

O verdadeiro ateísmo foi muito pouco praticado no mundo. Exceto, é claro, pelos mais profundos ateus que a História já produziu: os que em nome de Deus abusaram dos humanos em razão de que nunca creram em Deus.

Entretanto, do ponto de vista do que seja uma visão profunda do ateísmo, as conseqüências de assim se crer com honestidade, inapelavelmente conduz ao suicídio.

Sim, pois sem Deus tem-se que fazer um salto de fé-não-fé a fim de se poder emprestar algum significado aos vínculos e sentimentos humanos mais básicos. Sim, todas as coisas que nos dão significado, morrem sem sentido num universo descriado e aberrativo.

Eu, de minha parte, já provei a mim mesmo, quando me deparei com não-Deus na existência, que apenas o suicídio me seria um passo coerente ante aquela hipótese.

Sei que se eu fosse ateu, como nunca brinquei de nada na existência, o passo final e natural de minha mais absoluta dês-significação seria a minha própria e escolhida morte.

Digo isto desde que aos 18 anos, quando numa angustia de não-Deus na minha vida, busquei ardentemente a morte.

O que os amigos ateus ex-evangélicos estão provando é raiva, muita raiva. E mais: por total falta de conhecimento existencial e experiencial de Deus na vida, caindo seus altares de “deus/igreja/bíblia”, sobrou apenas o que, em sobrando, não realiza nada em um coração honesto.

Mas ateus?! Não, manos, vocês não o são, pois se o fossem não escreveriam tirinhas, etc..., mas sim epitáfios!

Apenas saibam que com todo o carinho eu digo que vocês são apenas “Trauma-deus-tizados”.

Todavia, não será o que aqui lhes disse o que mudará nada em vocês!

Vejo-os muito mais como “Saulos resfolegantes” e apaixonados do que como ateus gelados!

Ateus ignoram, não discutem!

Ora, como sempre fui ateu desse “Deus” ora em questão, também não discuto... Apenas expresso minha solidariedade e peço ao Pai das Luzes que se revele a cada um — sem religiões e sem homens no processo!

Com todo carinho,


Nele, que sabe qual é a abismal diferença entre as coisas,

Caio
7 de janeiro de 2013


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21 de dez. de 2012

Ano novo, vida nova!

por Mateus Goethel Cesimbra





Ano novo, vida nova! Muitos pensam desta forma, escrevem no papel seus planos e criam espectativas diante do futuro. Realmente o novo sempre meche com as pessoas, e porque seria de outra forma quanto a chegada do novo ano, não é mesmo?

É bom renovar as esperanças naquilo que ainda não conhecemos, e neste caso fortalecer a fé para que os novos dias sejam cheios graça e misericórdia de Deus para conosco, e de nós para com os outros. A única coisa que me preocupa são aquelas pessoas que querem literalmente virar a página do ano que passou, e muitas vezes deletando pendencias da sua vida que não foram nem se quer repensadas.

O ano passa, mas aquilo que deixamos mal resolvido continuará assombrando os dias do porvir. Não há como virar a página se na prática os fantasmas daquilo que passou ainda não foram solucionados. Mágoa, rancor, raiva e principalmente a falta de perdoar, estes sentimentos se não curados gerarão grandes problemas em sua vida.

Como sabemos, o natal, data que antecede o novo ano, mesmo não sendo de fato o aniversário de Cristo, é uma data que carrega consigo uma bagagem emocional e que de certa forma faz com que as pessoas no geral fiquem mais solidárias, caridosas ou simplesmente "derretidas". Vejo nesta data uma oportunidade não de presentear, comer bem, beber a vontade, e sim de rencontros consigo e com o próximo. É o momento de refletir sobre a trajetória percorrida até então. É a hora de passar a limpo tudo aquilo que o ano que se despede lhe deixou de herança, as boas e as ruins. No caso das ruins, é a chance de reverte-las, perdoando e procurando o perdão.

O ano só será novo se as suas atitudes também forem novas. Nada de orgulho besta! É hora de relevar, perdoar e pedir perdão. É hora de reconhecer os erros cometidos e buscar uma nova vida de verdade. O novo ano só se tornará novo se você renascer junto com ele, caso contrário serão apenas dias que passam diante dos seus olhos.

A cruz significa o novo nascimento para nós cristãos. Quando Jesus se entregou pela humanidade, Ele não morreu e sim  ressuscitou, renasceu. Com isso a nossa vida também ressuscitou e renasceu. Não podemos deixar que este renascimento fique para trás. Ano novo é hora de renascer para Deus e para o próximo!

Pense nisso, e tenha de fato um ano novo!


"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 2 Coríntios 5:17.